Chevolution
(dir. Luis Lopez e Trisha Ziff, México, 2008, 86
min., 12 ANOS)
Uma fotografia de Che Guevara realizada em 1960 pelo cubano
Alberto Korda tornou-se a imagem mais conhecida e reproduzida de todos os
tempos. Como a Mona Lisa na pintura,
na fotografia essa, também, virou pôster pendurado nas paredes; camiseta
vestindo jovens; grafite nos muros de cidades; até marca de cigarro e estampa
de biquíni, citando apenas algumas de suas inúmeras apropriações políticas e,
principalmente, comerciais.
Através de depoimentos de fotógrafos, familiares de Korda, dos
atores Antonio Banderas e Gael García Bernal, além de cenas de arquivo, o filme
constrói a trajetória dessa imagem. Seu clique inicial aconteceu,
despretensiosamente, num evento público e sem que Guevara soubesse que estava
sendo fotografado. De um detalhe de um fotograma, escondido entre os outros 35
do filme em preto e branco, o fotógrafo vislumbrou uma foto especial. Jamais,
imaginara, no entanto, o caminho que ela iria percorrer. É dito no filme que
“um Che morreu, mas nasceram outros Ches”. Che virou, então, pop.
São abordadas aqui inúmeras questões próprias da imagem, entre
outras, sua reprodutibilidade técnica, como pensada pelo filósofo alemão Walter
Benjamin; a fotografia como ícone; o retrato fotográfico como objeto de
devoção; e direitos autorais, uma problemática cada vez mais em evidência.
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