Elvis e Madonna
(dir.
Marcelo Laffite, Brasil, 2010, 105 min., 14 anos)
“A câmera
é meu instrumento. Através dela dou uma razão a tudo que me rodeia”. Assim,
conforme o fotógrafo húngaro André Kertész, conseguimos compreender o mundo em
que vivemos. No filme “Elvis e Madona”, somos confrontados com o irracional.
Elvis/Elvira (interpretada por Simone Spoladore) é uma jovem fotógrafa mas que trabalha
como entregadora de pizza. Madona (Igor Cotrim) é um travesti que ganha a vida
num salão de beleza, faz shows num clube gay e sonha em montar um espetáculo de
teatro de revista. Elas/eles se encontram por acaso, tornam-se amigas/amigos e
acabam vivendo uma história de amor inusitada.
As
fotografias de Elvis buscam dar razão ao inofensivo mundo ao seu redor: o
calçadão e as ruas de Copacabana, as pessoas do bairro, os shows de Madona, até
que, inesperadamente, sua lente flagra o vilão e cafetão de Madona - com o
fotográfico nome de João Tripé – numa transação de drogas na Avenida Atlântica.
Essa foto acaba chamando a atenção do editor de um jornal.
O filme
nos cativa não só por seu roteiro bem estruturado e a atuação impecável de Igor
Cotrim, como principalmente pelo inusitado.
A
história de amor de Elvis e Madona emocionou platéias de cinema no
mundo todo, arrematando mais de 30 prêmios em diversos festivais nacionais e
internacionais e colecionando elogios dos principais críticos de cinema ao
redor do globo.
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